AUTISMO NO JAPAO: O QUE É E COMO SABER SE O DIAGNÓSTICO ESTÁ CORRETO?

Autoria de Giselle Aoki (Psicopedagoga)

De modo impressionante temos visto, no Japão, um aumento significativo de crianças diagnosticadas com autismo. Em especial crianças e adolescentes estrangeiros, entre eles os nossos brasileirinhos.
Grupos de profissionais brasileiros, especialistas em saúde e educação, vêm levantado algumas questões para discutir a assertividade deste diagnóstico que, geralmente são notados primeiramente pelos profissionais de escolas.
Questões como: por que tantas crianças com autismo? Por que muitos estrangeiros recebem este diagnóstico? Seria uma dificuldade de ensino escolar ou um problema real de saúde do aluno? Como os pais podem ficar atentos e checar o diagnóstico? Quais os direitos das famílias cujos filhos são levados às salas especiais?
São muitas as questões que tem angustiado as famílias e preocupado a comunidadeMas, hoje vou ajudar as famílias, trazendo algumas informações básicas: o que é autismo, como identificar traços da síndrome, como proceder para realizar diagnósticos no Japão (com apoio japonês e brasileiro) e quais são os tratamentos mais utilizados.

O QUE É O AUTISMO OU自閉症 – JIHEISHO? (lê-se Direishô em japonês)
Autismo é uma síndrome onde a pessoa tem certo grau de desligamento da realidade, criando um mundo particular. É também descrito como um distúrbio do desenvolvimento, onde há uma carência nos sistemas que codificam os conhecimentos sensoriais recebidos, induzindo a criança a reagir a alguns estímulos, ora com atitudes exageradas, ora amenas.
Geralmente, a pessoa que possui traços de autismo possui 3 fatores que se somam em seu quadro: dificuldades em conviver socialmente, dificuldades na comunicação verbal e não-verbal e atrasos em seu desenvolvimento global.
Observa-se que o Autismo se divide em vários tipos, nos quais cada um deles possui as suas características próprias. Estes tipos variam de acordo com o grau de severidade das dificuldades no momento do diagnóstico (como autismo leve, médio e severo), por isso fala-se em espectro autista.
De acordo com estudos mundiais recentes, observa-se que a síndrome atinge mais pessoas do sexo masculino e seus traços já podem ser identificados ainda quando bebê, a partir dos 6 meses de vida.

COMO IDENTIFICAR OS TRAÇOS DO AUTISMO?
Alguns indicadores de autismo possíveis de serem identificados por meio da observação são:
  • Não balbuciar, apontar ou fazer gestos significativos até 1 ano de idade;
  • Não falar ou não combinar uma palavra até 16 meses;
  • Perda de linguagem e habilidades sociais já adquiridas;
  • Não olhar nos olhos e nem responder ao nome;
  • Não saber como brincar com brinquedos;
  • Ficar ligado a um brinquedo ou objeto em particular;
  • Às vezes parece ter problema de audição;
  • Ter reação emocional anormal quando há uma mudança de rotina;
  • Fazer movimentos corporais repetitivos;
  • Comunicar-se mais com gestos do que com palavras;
  • Dificuldade em fazer amigos;
  • Não participa de jogos interativos;
  • É retraído e não sorri;
  • Prefere ficar sozinho, a acompanhado;
  • Pode tratar as pessoas como se fossem objetos, sem empatia, com frieza.

Um especialista deverá fazer os testes, as observações e conhecer bem a história de vida da criança. De modo com que possa ter clareza das causas destes sintomas. Aqui no Japão, normalmente o diagnóstico é feito por um Psiquiatra ou Neurologista e sua equipe multidisciplinar.

COMO PROCEDER NO JAPÃO?
Se forem observadas reações inesperadas no bebê ou na criança, ele deverá ser levado para o Centro de saúde da cidade (保健センターHoken Senta) e lá, informar a suspeita para ser encaminhado para uma clínica ou hospital, diagnosticado e tratado. Há também muitos profissionais brasileiros que podem ajudar no diagnóstico. Informem-se, gratuitamente no Serviço de Apoio aos Brasileiros no Japão (SABJA) pelo telefone 050-6861-6400.
Quanto mais cedo à descoberta, maiores são as probabilidades da criança ter um desenvolvimento mais amplo, diante do tratamento com profissionais multidisciplinares.

TRATAMENTOS POSSÍVEIS
Hoje em dia há vários tratamentos possíveis, entre eles: terapias de comunicação e comportamento, medicamentos, terapia ocupacional, fisioterapia, terapia do discurso/linguagem e até mudanças na dieta. E, estas terapias podem ser feitas, em Centros de suporte ao desenvolvimento da criança e jovem, cujo nome denomina-se Kodomo Sappoto (suporte à criança). Sendo que, há aproximadamente 20 Projetos no Japão, que fazem as terapias em português, com profissionais brasileiros, como: Psicopedagogos, Psicólogos, Fonoaudiólogos e Fisioterapeutas.
Espero ter ajudado clareando alguns conhecimentos. Não hesite em buscar ajuda! Fique de olho no desenvolvimento dos filhos, desde bebês.
Para compreender, o motivo pelo qual há tantas crianças com autismo no Japão, clique neste link: POR QUE HÁ TANTAS CRIANÇAS COM AUTISMO NO JAPÃO.parte 1
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Abraços calorosos, fiquem com Deus e até o próximo artigo!
Giselle Aokião.
Abraços calorosos! Fiquem com Deus e até o próximo artigo!

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